Mais de vinte anos depois da gestão do ex-prefeito, Paulo Dapé, professores da rede municipal de ensino voltam a ter graves dificuldades com o Executivo. O momento atual repete a falta de valorização dos educadores, ataques contra a categoria e falta de diálogo e de garantias dos direitos adquiridos na lei.
De fato, a prefeita Cordélia Torres, mulher do ex-prefeito, repete o histórico do “seu líder” e torna a vida dos professores e alunos do município cada dia mais difíceis. Na campanha eleitoral, Cordélia surfou no embate entre os profissionais da educação e o ex-prefeito Robério Oliveira, durante a pandemia, no entanto, ao chegar ao poder, a prefeita mostra que as promessas de valorização eram só mais uma falácia eleitoral.
Professores que vão ao gabinete da prefeita, cobrar melhorias nas escolas, qualidade da merenda escolar e o cumprimento do Piso Salarial da educação básica, têm recebido o desprezo do Executivo. Como exemplo, até o portão que dá acesso ao prédio do gabinete da prefeita é fechado.
Segundo relatos dos educadores, a prefeita tem se comportado como se o gabinete da prefeita fosse sua residência ou sua empresa privada, “fechar o portão na cara dos professores demonstra que a prefeita não tem nenhum respeito por diversos profissionais que buscam apenas aquilo que temos direito”, disseram os professores.
A mais de um mês professores buscam, de forma pacifica, o cumprimento das leis municipal nº 341/1991, 568/2005 e leis Federais nº 11.738/2008 e a lei nº 14.276/2021 que lhes assegura cobrar da prefeita Cordélia Torres o aumento salarial de 33,24% que é um direito inquestionável entre outros benefícios.
A prefeita enviou à Câmara de Vereadores um Projeto de Lei propondo aumento de 14,42%, menos de 50% do Piso Nacional.
Professores afirmaram que temem voltar à época de ter que pedir ajuda aos comerciantes e moradores de Eunápolis, para se alimentarem, situação essa que marcou a péssima gestão do ex- prefeito Paulo Dapé, esposo da prefeita Cordélia Torres.
“O comportamento da prefeita com os educadores mostra que nem ela e nem seu esposo aprenderam com o passado. Mostra ainda a falta de respeito com os professores que encontram salas de aulas sem estrutura alguma para dar aula, falta cadeira, mesa, ventilador, merenda de qualidade e estrutura básica para que possamos trabalhar”, disse uma professora indignada com toda situação.
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