A atual Prefeita de Eunápolis, Cordélia Torres (DEM), eleita com quase trinta mil votos pela população eunapolitana em 2020, com uma pauta que incluía os professores da rede municipal de ensino, onde na ocasião fez diversas promessas de melhorias aos profissionais de educação e hoje o grupo que foi muito utilizado pela Prefeita para chegar ao poder, tem visto as promessas de campanha não ser cumprida e a decepção passou ser algo inevitável no dia a dia dos profissionais que lutam para ter direitos garantidos por Leis respeitados.
Nesta segunda-feira (18), o Sindicato APLB, divulgou em suas redes sociais e em grupo de WhatsApp, a informação que na quarta-feira (20), entraram em greve em razão da falta do comprometimento do Executivo em não cumprir a Lei, que garante o aumento do Piso Salarial dos professores do ensino básico.
Mas o impasse não é responsabilidade apenas do Executivo, a Câmara Municipal tem sua parcela de culpa em não ter defendido os profissionais da educação, todos vereadores foram eleitos, inclusive afirmando que defenderia a pauta da educação, mas é nítido a falta de engajamento da maioria dos vereadores em defesa dessa pauta.
O Executivo enviou no mês passado um Projeto de Lei criando mais 400 cargos em comissão, esse PL aprovado sem questionamento por parte de quase a totalidade dos vereadores, basta assistir os vídeos das lives da Câmara Municipal que é fácil identificar quais vereadores votaram a favor ao Projeto que criou mais 400 cargos em comissão, cargos estes de livre nomeação do Executivo.
Nos bastidores o que muito se comentam é que desses 400 cargos vereadores ganharam vagas para colocar seus indicados, além dos cargos que já tinham conseguido para colocar seus parentes e cabos eleitorais. Se a população está passando por diversas dificuldades, tem a Câmara como a principal culpada pelo caos que se tornou.
A função dos vereadores é fiscalizar e defender o interesse coletivo, pensando nas melhorias garantidas por Lei, ocorre que essa atuação não tem sido vista dentro da atual Câmara de Vereadores, eleita para defender à sociedade e tem se comportada de forma totalmente passiva.
A atual gestão questiona falta de recurso para conceder o aumento aos professores, porém em dezembro, a Prefeitura de Eunápolis, assinou um contrato com valor de R$ 2.843.773,00 (Dois milhões, oitocentos e quarenta e três mil, setecentos e setenta e três reais), onde adquiriu uma biblioteca digital para ofertar a alunos e professores. Ocorre que procurando vários professores e alunos e pais de alunos até a presente data esse material não está disponível para ser usado.
Mas analisando o contrato firmado pela Prefeitura, verificamos que o contrato foi assinado com a empresa ARR DISTRIBUIDORA DE LIVROS LTDA, tem vigência de 6 meses, ou seja, o contrato foi assinado no mês de dezembro, e em 28 de dezembro a empresa já recebeu o valor total do contrato que é de R$ 2.843.773,00 (Dois milhões, oitocentos e quarenta e três mil, setecentos e setenta e três reais). Sendo a validade do contrato de 6 meses resta menos de 2 meses para findar o prazo e alunos e professores não tiveram acesso ao conteúdo.
Quem deveria está fiscalizando todo esse gasto desnecessário seria os vereadores, ocorres que de 17 vereadores a cidade de Eunápolis, não pode contar com todos, afinal a maioria faz parte da base do Executivo, não fiscalizam, não cumprem com o papel que o cargo lhes conferiu, a Prefeitura firmou o contrato acima relacionado, alunos e professores não podem contar se quer com internet e computadores ou tablet e sala de aula e falta menos de dois meses para o contrato ser finalizado.
Veja abaixo extrato do contrato firmado entre a Prefeitura de Eunápolis e a empresa, ARR Distribuidora de Livros LTDA, onde conta o custo do contrato e a vigência de prazo:
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