Com um gol solitário e acidental de Diego Costa, a Espanha derrotou o Irã por 1 a 0 e se juntou a Portugal na liderança do grupo B. Depois do movimentado jogo contra os lusos, a “Roja” mostrou dificuldades contra a forte defesa iraniana, que sofrera apenas cinco gols em 18 partidas nas eliminatórias, e foi às redes somente no segundo tempo, quando a bola rebateu na canela de Diego Costa e entrou.
Em seguida, o Irã ainda teve um gol bem anulado com ajuda do VAR (árbitro de vídeo) e tentou pressionar nos minutos finais, mas faltou qualidade. Ainda assim, os persas seguem vivos na disputa, mas precisarão vencer Portugal, que sofreu contra o Marrocos, para chegar às oitavas.
O primeiro triunfo espanhol em solo russo afastou o risco de queda precoce no Mundial, como aconteceu há quatro anos, no Brasil. E também deixou a chave embolada. Espanha e Portugal estão empatados em praticamente todos os quesitos, ambos com quatro pontos. Os espanhóis ocupam o primeiro lugar por conta do número de cartões amarelos. O Irã é o terceiro, com três, e o Marrocos, já eliminado, segue sem pontuar.
Já a Espanha, com quatro pontos, só depende de um empate com os africanos para garantir sua vaga. O Irã vai duelar com Portugal no mesmo dia, em Saransk.
Primeiro tempo truncado
Depois do empate com Portugal na estreia, a Espanha entrou em campo com uma formação mais ofensiva nesta quarta. Fernando Hierro trocou Koke por Lucas Vázquez. E fez um ajuste na defesa ao devolver Carvajal, poupado na estreia por estar se recuperando de lesão, para a lateral direita.
Hierro sabia que sua seleção iria encarar uma retranca complicada em Kazan. E a Espanha precisou de poucos segundos em campo para perceber que o Irã iria se defender com até seis jogadores na primeira linha defensiva. E que teria até 11 jogadores atrás da linha da bola.
O resultado foi um duelo franco entre ataque e defesa, em que o Irã levou a melhor durante todo o primeiro tempo ao congestionar sua área e a intermediária. Para ajudar, os espanhóis exibiram afobação de forma precoce no jogo, gerando erros bobos e jogadas mais óbvias.
O Irã, estacionado na defesa, tentou lances esparsos de contra-ataque no início da partida. E, a partir dos 30, permaneceu no ataque por raros minutos, o que não foi aproveitado pela Espanha como contragolpe.
No fim, alívio
Para o segundo tempo, Hierro manteve a confiança em seus titulares e evitou mudanças. Ele quase foi premiado nos primeiros minutos, quando Piqué e Vázquez perderam grandes chances. Em uma etapa mais movimentada, o Irã buscou o ataque e quase abriu o placar aos 7, com Karim Ansarifard, dando um susto na defesa europeia.
Os espanhóis foram do susto à festa em apenas um minuto. Numa rápida trama no ataque, a bola sobrou para Diego Costa na defesa iraniana. O zagueiro tentou tirar, mas bateu em cima do atacante, que viu a bola morrer no fundo das redes.
Em desvantagem, o Irã passou a buscar o ataque. Levou perigo aos 14 e até balançou as redes dois minutos depois. Mas o árbitro assinalou correto impedimento de Ezatolahi, que comemorava o gol com toda a delegação iraniana quando o lance já estava anulado.
Passado o novo momento de apreensão na defesa, a Espanha acalmou o jogo e passou a administrar a vantagem. O Irã teve mais uma boa chance de gol, aos 36, mas não converteu. E os favoritos confirmaram a primeira vitória na competição.
Irã: Beiranvand; Ramin, Hosseini, Pouraliganji e Hajsafi (Mohammadi); Omid, Ezatolahi, Karim (Jahanbakhsh), Mehdi, Amiri (Ghoddos); Sardar.
Técnico: Carlos Queiroz
Espanha: De Gea; Carvajal, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Lucas Vázquez (Asensio), Iniesta (Koke), Isco e David Silva; Diego Costa (Rodrigo).
Técnico: Fernando Hierro
Cartões amarelos – Amiri, Omid.
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