Eleição em Eunápolis este ano ficará marcada como sendo a mais polarizada da história política do município, teve diversos pontos que devem ser analisados.
Vamos começar lembrando que a primeira mulher a se tornar prefeita no município, fez um mandato medíocre, não governou como prometeu, não avançou, foram quatro anos de desastre administrativo, suspeitas de várias ilegalidades nas ações da gestão. Por fim, sobrou para Cordélia Torres (UB), jogar a toalha e sair de cena.
Por outro lado temos dois ex-prefeitos que em certo momento foram aliados, ao ponto de Neto Guerrieri (AVANTE), ter sido apoiado na eleição de 2012, onde foi eleito com a maior votação da história, governou o município de 2013 a 2016.
Robério Oliveira (PSD), no período do mandato de Neto Guerrieri, foi eleito a deputado estadual, ficando no cargo por dois anos, onde abandonou o mandato de deputado e foi candidato a prefeito de Eunápolis, sem aliança real com Neto Guerrieri.
Robério teve um terceiro mandato, governando igual os dois primeiros, quando também foi prefeito do município, continuou a ser denunciado por irregularidades, chegando em seu final de mandato em 2020, preso pela polícia Federal, sob acusações de vários crimes.
Em 2024, a sociedade acompanhou a campanha dos dois principais políticos com chance de serem eleitos, que antes dos registros das candidaturas, os dois postulantes ao cargo de prefeito, se viram em acusações por parte de aliados e apoiadores, que não iriam conseguir registrar as candidaturas. Muito tempo jogado fora e os principais pontos a serem discutidos foi deixado de lado, o momento que deveria ser apresentado as melhores propostas de governo.
Ambos registraram suas candidaturas por meio de liminar, Neto Guerrieri por rejeição de suas contas referente ao exercício 2015, quando foi prefeito, Robério Oliveira, por condenação em segunda instância, onde responde por improbidade administrativa entre outros processos.
Com esses processos em aberto e pendurados em liminares, resta saber, em 2028, quais desses políticos que governaram Eunápolis, poderão estar livres de condenações em segunda instância para concorrer novamente ao cargo de prefeito.
Três grupos políticos, conhecidos pela sociedade mais antiga que mora na cidade, saíram de um único grupo político, que foi o de Paulo Dapé, esposo da prefeita Cordélia Torres, que também governou a cidade por um mandato, após deixar o mandato, passou a responder diversos processos, onde se tornou inelegível e está a mais de 20 anos sem ocupar um cargo eleito pelo povo.
Os três atuais grupos políticos, daqui a quatro anos, irão seguir o mesmo caminho de Paulo Dapé, se tornando inelegíveis? Quem será o próximo nome a surgir em Eunápolis nas próximas eleições?
O eleito no próximo domingo, dia 6 de outubro, terá a oportunidade de mudar a história do município, caso contrário, Eunápolis terá mais quatro anos de atraso em razão de má gestão.
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